terça-feira, 2 de outubro de 2012

Julgamento #1

Em primeiro lugar quero pedir desculpas pela ausência, mas agora retornei com tudo!

Vou narrar um caso para vocês e gostaria que dessem sua opinião ao final.

Um homem e uma mulher tem um caso a 6 anos, o homem é casado, e a mulher é sua vizinha. Depois de várias brigas, os dois rompem. A mulher sempre o procura e faz "barracos" (segundo a própria mulher), o homem entra na ustiça e consegue uma ordem de restrição em que a mulher não pode mais procura-lo.

Contudo, existe uma menininha de 2 anos, a mulher diz ser dele e exige o reconhecimento. O homem concorda, mas apenas depois do exame de DNA.

Uma audiência é marcada em juizo para recolhimento do material.

No dia combinado, no horário marcado, a mulher está lá, esperando, mas o homem não aparece, o juiz liga para o homem, que informa que teve um problema e vai se atrasar, mas que irá sim colher o material.

No entanto, a mulher recusa-se a esperar, alegando que ela estava lá no horário combinado e que irá embora.

No mesmo dia, a mulher está na frente de sua casa e vê o ex-amante dando "carinho" para a própria esposa, fica com ciúmes, e assim que a esposa do ex sai de casa ela vai até ele tomar satisfações.

O homem está sentado na varanda de sua casa, cortando carne, pois é pobre e vive de vender espetinhos. 

A mulher chega brava porque ele não foi a audiência, ele está bravo porque ela recusou-se a esperar. 

Tem início uma discussão, a mulher bate no homem, "dá na cara dele", como ela própria afirmou.
O homem a empurra e ela cai da escada, mas a briga não para, ela sobe novamente e a briga segue em frente, ela é novamente jogada das escadas, volta ao topo da mesma e decide que vai entrar na casa do ex-amante e de sua esposa.

O homem não permite, então ela pega a bacia com carnes que ele estava cortando e joga na cara do homem e na rua, logicamente impedindo que pudessem ser vendidas. O homem a atira das escadas mais uma vez.

Nesse momento, ela vê várias garrafas de cerveja vazias e começa a atirar contra o homem.

E é nesse ponto que as histórias tornam-se divergentes.

Enquanto arremessa as garrafas contra o réu, a mulher escuta um disparo de arma de fogo, o homem está armado e acabou de dar um tiro. Segundo a mulher, o disparo foi contra ela mas o homem errou. Segundo o homem, o disparo foi para cima.

A mulher corre em direção a própria casa, o homem a segue, ela fecha a porta, o homem dispara mais duas vezes contra a porta e uma contra a janela da mulher. A mulher se feriu levemente, a perícia não pode determinar se ela se feriu com os disparos ou em algums lugar durante a briga.

Em seguida o homem foge.

Fatos e argumentos para o julgamento.
Promotor: O homem cometeu tentativa de homicídio.
Defensor: O homem nunca desejou matá-la. Se quisesse poderia ter feito, pois a arma era de 7 tiros e ele deu apenas 4. Portanto, parou porque quis.
Promotor:O homem só não matou a vítima porque não conseguiu arrombar a porta.
Defensor: A perícia apontou que a porta estava aberta, portanto ele não invadiu porque não quis.
Promotor: A pericia apenas apontou que quando ela foi feita, a perícia, a porta estava aberta, não teve como apontar como estava no momento do fato.
Defensor: Se o homem quisesse matá-la, ele teria usado a faca com que cortava as carnes.
Defensor: Lembrou ainda que a mulher nem poderia ter ido a casa do réu, já que tinha a ordem de restrição, e ainda contou que o exame de DNA foi feito no período entre o crime e o julgamento e a menininha não é filha do réu.

Agora, gostaria que vocês julgassem.
Foi tentativa de homicídio (tese da promotoria)
Ou foi apenas lesão corporal (tese da defensoria)

terça-feira, 18 de setembro de 2012

A política nacional

Olá, pessoal. Hoje vou falar sobre minhas impressões sobre a política brasileira.

As eleições estão aí, falta menos de um mês até o dia da votação e ainda hoje vejo todo mundo falando que não gosta de política, que só tem bandido etc.

Contudo, penso que é porque muitos não se importam com quem vai estar nos representando que a coisa acaba ficando como está. Alguns anos atrás eu pensava que o voto realmente deveria ser obrigatório, mas hoje essa opinião está mudando, as vezes penso que sim e as vezes penso que não.

Quando imagino que deve ser obrigatório, eu penso que é porque o eleito tem que ter sido legitimado pela maioria, mas tenho visto que isso da obrigatoriedade leva a uma situação que a pessoa vota sem se importar com projetos de ninguém.

Quando imagino que não deve ser obrigatório imagino que possa faltar legitimidade para o eleito, mas não sei, não é uma opinião consolidada, mas acho que votando apenas aqueles que realmente tem vontade de acompanhar a vida política e as ações dos escolhidos teríamos assim representantes mais comprometidos.

Hoje li que o PT lidera as pesquisas em apenas duas capitais brasileiras, apesar de toda a máquina estatal estar a serviço deles, sim, quem acompanha a política nacional percebe logo que o PT usa o Estado como se fosse seu.

Eduardo Campos
Recentemente o PT e o PSB romperam, e agora esse partido lidera em 4 capitais e seu líder, o governador Eduardo Campos, de Pernambuco, parece estar montando uma base sólida para enfrentar a atual presidenta Dilma na próxima eleição.

Mas vamos avaliar umas coisas da nossa política?

Eduardo Campos barrou a candidatura do ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, nas últimas eleições e agora parece ser o único dentro do partido com peso para tentar peitar a presidente na próxima eleição.

Lula (esq.) e Dilma
Mas eu digo que os dois podem se enfrentar levando em conta apenas a possibilidade, pois já li que há quem diga que o ex-presidente Lula (que de maneira inacreditável não figura como réu no processo do mensalão pode querer disputar), eu não acredito, que mesmo sendo ele, tenha mais força dentro do partido do que a presidente em exercício, mas vai saber, né?

Aécio Neves
E por fora, ainda temos o PSDB, eterno inimigo do PT que promete novas brigas internas entre Alckmim, Serra e Aécio Neves pela direito de saírem candidatos na disputa presidencial de 2014.

A política brasileira é quente... e confusa, né?

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Depósito de Gente

Ontem li o livro Depósito de Gente do autor Clodoaldo Turcato e achei extraordinário.

O livro conta sua passagem como interno do sistema penitenciário de Pernambuco. O livro não faz um juízo de valor, mas narra fatos ocorridos e explica situações de acordo com o olhar do autor.

A linguagem do livro é bem fácil de se entender, pois Turcato não usa recursos de linguagem rebuscada, ao contrário, é muito objetivo.

De qualquer maneira, não posso me aprofundar muito aqui para não estragar a leitura de vocês, mas deixo claro a minha recomendação para que comprem o livro, pois vale a pena.

Abaixo, basta clicar na imagem pois o link dela te levará ao site onde o autor está disponibilizando seu livro.


segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Animes no Brasil #1

Esse tema me trás tantas lembranças agradáveis.

Eu odiava algumas coisas nos desenhos estadunidenses, como por exemplo, quando um cara caia de um satélite e sobrevivia porque caia no toldo do prédio, ou então caia em um vaso de plantas.

Ou então aquele vilão burro que quer fazer maldades. Como assim? O cara chegava e dizia que ia destruir o orfanato porque... porque queria, oras. Ou no capitão planeta que os caras queriam poluir por poluir, não usavam nem a desculpa de ganhar dinheiro.

Aí, surgiu na tv brasileira a redenção. Estreou na Rede Manchete o desenho animado mais maravilhoso que eu já havia assistido. Em seu primeiro episódio o herói arrancou a orelha do vilão com um golpe.

Eu fui ao êxtase. O sangue jorrava. Pessoas morriam. os vilões eram interessantes, apresentavam motivos para serem como eram, independente de concordar ou não com esses motivos era maravilhoso sentir que meu cérebro era estimulado com questões relacionadas a ética e moral.

Heróis que apresentavam momentos de moral questionável e vilões que apresentavam momentos de humanidade e lealdade superior a dos protagonistas.

Esse desenho maravilhoso se chamou no Brasil de Cavaleiros do Zodíaco, e abriria as portas para milhares  de produções japonesas nos anos seguintes.

Hoje, a tv brasileira e mundial está lotada de desenhos japoneses para todos os gostos, mas fica aqui minha reverência ao pioneiro por aqui.

PS: Não quero dizer que foi o primeiro desenho japonês, mas foi o primeiro nesse formato e que iniciou uma mudança mundial em tudo que se relaciona a desenhos animados.

sábado, 8 de setembro de 2012

Dia da Independência

A 190 anos aconteceu o grito do Ipiranga, mas o que foi isso e qual sua importância?

Como nosso cinema não é tão forte quanto o estadunidense, muita gente sabe muito mais sobre a independência deles do que sobre a nossa.

Quando chega essa data comemorativa, o 7 de Setembro, sempre pipocam comentários sobre D. Pedro estar cagando quando chegou a notícia que o levou a declarar a independência, ou ainda que ele não estava naquele cavalo pintado no famoso quadro de Pedro Américo .

Gostaria de fazer umas considerações sobre esses detalhes e fazer também uns questionamentos. Levando em consideração o fato de que todas as pessoas normais do planeta terra tem intestinos, e que absolutamente todos cagam e eventualmente tem diarreia, qual a relevância desse detalhe?

Outra avaliação, qual a importância Histórica do fato do cavalo ser preto, branco, azul ou verde, ou mesmo de ser um cavalo, se ele estivesse na realidade numa carroça, ou em um burro, ou montado em uma zebra, qual a importância de mais esse detalhe?

Outra questão é o fato de que essa imagem é um quadro, não uma foto, e que ficou pronto mais de 60 anos após o grito e foi feito por uma pessoa que não estava lá na hora da declaração, e que portanto representou de maneira romântica a cena como ele imaginava ter ocorrido. Ironicamente o quadro que de certa forma representa o primeiro dia do Império do Brasil ficou pronto no último ano em que Império existiu.

Então, o fato relevante é que naquele lugar, naquele dia, um português declarou a separação do Brasil em relação a sua própria terra natal.

Mas e aí? Depois todo mundo foi pra casa, os portugueses pensaram: Poxa, que pena que se separaram e vão parar de nos sustentar, mas tudo bem, se decidiram vamos fazer o que, né?

Essa é mais ou menos a ideia que muitos tem. Mas na verdade, os problemas apenas se multiplicaram. Primeiro porque nem todos os brasileiros queriam o Brasil separado de Portugal, e isso ficou claro quando várias províncias romperam com D.Pedro e declararam-se leais à corte portuguesa, fora as tropas portuguesas que também estavam presentes em território nacional.

Na Bahia, a briga já acontecia desde antes da declaração, mas com a decisão de D.Pedro as tropas que combatiam os portugueses passaram a receber reforços e puderam enfrentar com mais chances o forte exército lusitano.

Maria Quitéria
Ainda na Bahia aconteceram coisas interessantes na guerra, como o fato de uma mulher se passar por homem, lutar pela independência e até mesmo fazer portugueses prisioneiros ao invadir suas trincheiras. Seu nome era Maria Quitéria.

Outro momento importante foi quando o exército brasileiro sofrendo muitas baixas e com a derrota praticamente certa resolveu fugir. O comandante da tropa ordenou que tocassem a retirada. O responsável teria se confundido pela tensão do momento e tocou "cavalaria avançar". Os portugueses pensaram "eles tem cavalaria?" enquanto os brasileiros pensaram "nós temos cavalaria?". O fato é que os portugueses dispararam em uma fuga desorganizada enquanto os brasileiros tomavam as posições e venciam a batalha.

Ainda na Bahia, um crime de guerra português ficou famoso, que foi a invasão de um mosteiro onde mataram a Abadessa e saquearam o lugar.

Vale lembrar que na Bahia encontrava-se o maior exército português na América, algo em torno de 10 mil homens e alguns navios. A rendição portuguesa nessa província só aconteceu em 1823.

No Pará, outro local com bastante tropas portuguesas aconteceu talvez o maior blefe da guerra de independência. Os portugueses dominavam a província, que naquela época chamava-se Grão-Pará e que naquela época reunia praticamente todos os territórios que hoje formam a região norte, se não me engano apenas o tocantins que era de goiás não fazia parte.

Voltando ao tema, os portugueses dominavam a capital da província, quando um único navio das forças brasileiras aproximou-se da cidade e avisou que se não se rendessem vários navios que estavam subindo o rio bombardeariam a cidade indiscriminadamente. Os portugueses acreditaram e cerca de 1000 soldados portugueses se rederam a menos de uma centena de soldados que lutavam pela independência.

Foi no Pará que o crime de guerra foi cometido pelo lado brasileiro. Diversas pessoas presas por participarem de uma revolta foram encarceradas nos porões de um navio. De um total de 257 encarcerados, 256 morreram asfixiados.

Tropas brasileiras
No sul do Brasil, na província Cisplatina (que hoje é o Uruguai, sim, era nosso, malditos argentinos. Qualquer dia falamos disso.) onde havia grandes quantidades de tropas portuguesas os combates foram muito descentralizados e esporádicos.

Alguns dados apontam que no final do conflito o Brasil contava com cerca de 27 a 30 mil soldados além de 96 navios, e os portugueses com cerca de 20 mil soldados e 55 navios. Esses números hoje talvez não impressionem, mas se comparados a população da época, dada as devidas proporções, seria como uma guerra que mobilizasse no mínimo 3 milhões de combatentes.

Portanto, galera, nossa história é tão interessante e cheia de aventuras como a dos outros povos, e as coisas não vieram de mão beijada como alguns querem fazer crer. E para aqueles que criticam D. Pedro por diversos motivos, apontando inclusive sua promiscuidade, eu digo que se ele não tivesse feito mais nada pelo Brasil, só o fato de nos separar de Portugal e ter conseguido através da luta nos manter como um único país, eu já seria fã do cara.

E aproveitando esse tema, gostaria de sugerir que valorizássemos mais nosso próprio país, pois aqueles que muitos babam hoje, só chegaram onde estão porque eles valorizam seus próprios feitos em vez de valorizarem os de outros.

Fica a dica? ;-)

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Direito de Informação

Em primeiro lugar: O que é o direito de informação?

É uma determinação legal já prevista na Constituição de 1988 que determina que qualquer brasileiro pode ir a QUALQUER órgão público e pedir a informação que desejar sobre esse órgão. Até maio desse ano, apesar de previsto na Constituição esse Direito não era respeitado, pois ela não estabelecia regras ou prazos para o exercício dele.

Mas em 18 de maio entrou em vigor a Lei nº 12.597. Essa lei regulou como funcionaria o direito de informação.

Exemplo: Eu quero saber quanto a Câmara Distrital gasta e com o que. Basta ir até lá e solicitar essa informação. Eu não preciso justificar o motivo, e se o funcionário que o atender perguntar você pode responder que quer porque está curioso, ou porque sua vó pediu, ou porque quer incomodar, não importa. São obrigados a te fornecer esses dados imediatamente se estiverem disponíveis e caso eles não tenham essa informação, eles tem 20 dias para apurá-las, prazo prorrogável por mais 10 dias.

A lei ainda estende para as empresas que prestam serviços ao Estado a obrigação de também fornecer essas informações. Para solicitá-las você precisa apenas se identificar usando qualquer documento, como RG ou CNH.

Recentemente o STJ havia determinado que não precisava divulgar os salários dos seus funcionários, do seu quadro de pessoal, mas acabou voltando atrás, me parece que por alguma liminar, mas não tenho certeza.

Engraçado, que quando isso aconteceu, veio a público que TODOS os ministros do STJ estavam recebendo mais do que o teto constitucional, estariam os queridos ministros julgando em causa própria?

Vi algumas matérias na tv com pessoas que são funcionários públicos reclamando que essa publicação de seus rendimentos não era certo, que isso os coloca em risco. Danem-se. Eu pago o salário desses caras e quero saber quanto cada um ganha sim. se não querem divulgar, então que não sejam funcionários públicos.

Eu vejo o avanço tecnológico como uma maneira de se fiscalizar mais, observar mais e expor aqueles que não agem corretamente no exercício de suas funções.

Gostaria da opinião de vocês..


segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Canal do Otário

Tem um canal muito bom no youtube, o Canal do Otário.

A proposta do canal é criticar as empresas que fazem propaganda enganosa, portanto ele terá assunto para sempre.

O canal aumentou sua exposição depois que seu vídeo criticando a net 3G Max da claro foi retirado do ar por pressão da empresa de telefonia, que até onde li argumentou que o problema não era a crítica, mas o fato de o cara ter usado o logotipo da empresa sem autorização. Anhã.

De qualquer maneira, depois da censura o vídeo explodiu na net, este é apenas um deles.

Aqui está o link do canal do otário, onde podem acompanhar os outros vídeos.

Recomendo.